segunda-feira, 17 de abril de 2023

3 anos de Engenheiro Tardio!

 Leitores Tardios, este brógui fez 3 anos de existência no dia 14/04. Vamos dar uma olhada na evolução (ou involução?) nos tópicos que costumo descrever aqui.


FINANCEIRO


No fechamento de março/22 meu patrimônio estava em R$268.095. Utilizando como comparação o patrimônio do fechamento de março/23, o valor subiu em termos nominais R$70.121, ou 26,15%. Como deve estar sendo pra grande maioria das pessoas que aportam, esse aumento se deve meio que exclusivamente aos aportes.

Os aportes também registraram um crescimento nesse período, minha renda teve um bom aumento e eu mantive praticamente o mesmo padrão de vida de antes (talvez eu esteja gastando um pouco mais com uma ou outra coisa, mas nada muito grande). Nesse ponto em específico eu percebo uma coisa bem nítida: eu vivo um padrão de vida muito abaixo do que eu poderia em tese viver. Tenho colegas que ganham o mesmo que eu mas que parecem ganhar 10x mais, exatamente pelo padrão de vida que eles ostentam. As vezes fico me perguntando se realmente estou fazendo boas escolhas, mas não consigo ver outro caminho se eu realmente desejo atingir a IF o mais cedo possível. A questão aqui talvez seja realmente encontrar o equilíbrio.

Considerando que o Plano Canadá de fato se concretize, fica um pouco difícil pra eu projetar como o patrimônio estará em abril de 2024. Eu espero conseguir aportar o necessário na RF pra colocar o plano em prática, de modo que eu não precise mexer no que está na bolsa, mas não sei se isso será possível (esse é um plano bastante caro, além de termos também o eterno risco Brasil que, até lá, pode ter depreciado o real em trocentos por cento). Acredito que, se eu conseguir atingir +400K esse ano, eu devo conseguir colocar o plano em prática sem ter que mexer no que está em RV. Vamos ver como será.

Os proventos mensais também tiveram um bom aumento de um ano pra cá, com a média dos últimos 12 meses estando em cerca de R$1.900 por mês, apesar de que boa parte desse aumento se deve ao fato da nossa taxa de juros ter explodido e a fatia do patrimônio alocada em RF ter aumentado constantemente.

TRABALHO


Aqui nós temos uma grande mudança em relação ao ano passado. Se vocês derem uma olhada na postagem dos 2 anos de blog Tardio, vocês verão qual era a minha vibe quando falei sobre o trabalho: eu estava absolutamente desgostoso. Ganhava mal (não que eu esteja ganhando incrivelmente bem agora, né), não tinha perspectiva alguma de crescer naquela empresa, estava de saco cheio de tudo e de todos. Essa mudança de trabalho foi sem dúvida um grande acontecimento positivo, não apenas pelo fato de me permitir aportar mais, mas também por tudo que acredito que esse novo trabalho já está agregando pra mim (uso do inglês no dia a dia, conhecimento de ferramentas que tem tudo a ver com o que pretendo fazer no Canadá, e também o envolvimento na cultura de uma empresa que não é brasileira). Espero conseguir absorver e aprender tudo o que eu puder enquanto estiver nessa empresa, não tenho dúvidas de que tudo isso me será muito útil.

SAÚDE


Na saúde acredito que não houve grandes evoluções. Continuo tão sedentário quanto antes e não estou sentindo que isso irá mudar pelos próximos 12 meses, o que é bem zoado, eu sei. Simplesmente não sinto vontade alguma de sair pra fazer uma caminhada aqui, por exemplo. Não sei se talvez eu esteja apenas dando desculpas, mas eu realmente acredito que uma vez estando fora daqui eu terei mais ânimo pra fazer esse tipo de coisa. Isso inclusive é algo que eu tenho que me comprometer a fazer, pois sei a importância que tem.

PESSOAL


No quesito pessoal esses últimos 12 meses talvez tenham sido mais "tranquilos" do que os 12 anteriores. A tristeza pela perda familiar que eu tive ainda é algo bastante presente no dia a dia, mas acredito que já estou começando a conseguir lidar melhor com isso. É aquela ferida que cicatriza mas não some nunca.

Meu relacionamento com a alta continua bastante estável. Eu admiro muito a pessoa que ela é, e acho que isso é essencial em um relacionamento: admirar a pessoa com quem você está. Ela, assim como eu, vem de uma família bastante complicada (principalmente do ponto de vista financeiro), então eu entendo bem muitos dos dramas que ela vive.

Quanto aos meus relacionamentos com amigos, bem, já devo ter dito aqui que não sou uma pessoa de muitos amigos, né. Apesar de eu me enturmar fácil com as pessoas, sinto que amizade de fato é algo extremamente raro de acontecer. Tenho alguns poucos amigos, mas a loucura do dia a dia, cada um morando em um canto e etc, acaba fazendo com que fique difícil ter um contato mais frequente. Esse é um ponto que eu gostaria de conseguir melhorar, porém indo pro Canadá sei que isso ficará ainda mais difícil (e não tenho grandes expectativas quanto à criação de amizades por lá).

É isso pra esse aniversário então, pessoal. Postagem curta, não tenho tido muita inspiração pra escrever também. Valeu por quem frequenta essa bagaça e lê as abobrinhas que eu escrevo, haha!

14 comentários:

  1. parabéns cara!
    sugiro musculação e artes marciais
    abs!

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    1. Obrigado, Scant!

      Cara, eu me convenci de que eu só precisava de uma pessoa pra ir comigo pra eu começar a fazer exercícios..haha!

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  2. Parabéns ET! Manter um blog por tanto tempo é algo a se comemorar! Bom ver que nesse tempo sua vida evoluiu para melhor! Estamos torcendo para que o plano Canadá funcione! Grande abraço!

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    1. Valeu, VVI!
      A blogosfera de finanças está desaparecendo aos poucos, mas eu particularmente pretendo me manter aqui. Acredito que isso aqui no mínimo servirá como um bom "diário" pro futuro.

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  3. Parabéns pelos 3 anos do blog, e acredito que está correto na sua busca por equilíbrio, a vida passa, acredito que temos que guardar dinheiro e aportar para ter uma fonte de renda extra ou uma boa reserva na velhice, e ao mesmo tempo aproveitar a jornada, sem se limitar demais. Uma meta que eu coloquei alguns anos atrás foi de fazer pelo menos uma viagem mais longa por ano com a família, além de cuidar da saúde e comemorar sempre que possível as pequenas conquistas. Abraço

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    1. Valeu, Bilionário.
      Eu tenho tentado conseguir esse equilíbrio, mas é bem difícil, pois nunca dá pra saber se não devíamos ir um pouquinho além nos gastos. Viajar é uma coisa que com certeza eu não abro mão (pelo menos uma boa viajem por ano).

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  4. Parabéns pelos 3 anos.
    Isso de se achar pobre comparando-se com quem ganha um salário parecido com o seu é perfeitamente normal. Acho que é o preço a se pagar por ser próspero, ao invés de parecer próspero.
    Claro que consumir e ostentar é uma delicia, mas cada um com suas prioridades, minha liberdade e paz de espírito são delicias ainda maiores.
    Abraços.

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    1. Valeu, Mendigo!

      Eu tenho essa mesma linha de pensamento. Saber que se eu perder meu emprego amanhã não será o fim do mundo, pois não tenho dívida alguma e tenho uma reserva, com certeza é bem mais valioso do que morar num belo AP com varanda Gourmet mas estar sempre na corda bamba por conta dos compromissos financeiros assumidos.

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  5. Com relação a se sentir mais pobre que seus colegas mesmo ganhando algo parecido ou até mais: Temos que ter em mente que as pessoas tem perfis e necessidades diferentes e é isso que determina o quanto e como cada um gasta e como vive.
    Não é formação, conhecimento sobre finanças, economia e investimento que faz a diferença, o que faz a diferença na minha opinião é a personalidade de cada um.
    Se a pessoa tem poucos amigos, não liga tanto pra opiniões de terceiros ou validação social, é muito mais fácil gastar menos com bens ou estilo de vida instagramável. Pra mim é simples assim.
    No sentido contrário quem tem maior necessidade pontual ou crônica de validação, tem maior demanda social provavelmente gastará mais.
    Pelo lado financeiro o que pode pesar para pessoas do segundo grupo que não tem dinheiro sobrando é o endividamento e possivelmente a não formação de nenhum tipo de reserva financeira ou patrimonial, que aliada as instablidades econômicas e do mercado de trabalho podem e muitas vezes colocam essas pessoas em situações desagradáveis, como em algum momento ter que se desfazer de algum bem, abrir mão de alguns serviços ou mesmo voltar a morar com os pais.
    Não existe almoço grátis.
    Com relação a vida pessoal e profissional: Amigos geralmente são poucos mesmo. Muitos tem vida social agitada e peneirando vão concluir que tem poucos, muitas vezes nenhum amigo.
    Com relação ao relacionamento amoroso, se está tudo bem, como você demonstra pela descrição, não tem muito o que dizer, disfrute com consciência e responsabilidade.

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    1. Anon, eu acredito que existe uma parcela cultural no Brasil que tendencia com que muitas pessoas acabem se encaixando no segundo perfil que você descreveu. Existem uma enorme pressão social aqui pra você mostrar que está muito bem financeiramente (digo mostrar porquê estar de fato, a maioria, sabemos que não está). A forma como o brasileiro lida com dinheiro é uma coisa bem peculiar (os famosos cálculos do tamanho da parcela e não do total a se pagar). Eu particularmente dou muito valor ao dinheiro e procuro não jogar ele fora.

      Sobre os amigos, de fato eles são muito poucos, e me parece que nesses tempos em que vivemos eles são ainda menos do que já foram há algumas décadas.

      Sobre o relacionamento com a Alta, hoje por diversos motivos eu dou muito mais valor ao que estou construindo com ela do que eu talvez daria há alguns anos atrás.

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  6. Parabéns pelo aniversário do blogue!
    Continue postando mesmo se for para o Canadá.

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    1. Valeu, CT!

      Planejo continuar postando sim, se o Plano Canadá der mesmo certo com certeza irei relatar por aqui.

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  7. Parabéns tardio pelos 3 anos de Engenheiro Tardio!
    Continue postando, mesmo que no Canadá, conforme o colega sugeriu acima! Sucesso e boa sorte!

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