segunda-feira, 25 de maio de 2020

Fuçando o passado da namorada: a ignorância talvez seja mesmo uma bênção

E aí, soldados da busca pela IF. Beleza?

Hoje vou falar sobre um assunto que tem me atormentado bastante, e por isso talvez escrever sobre ele aqui pode ser que me ajude. Esse assunto diz respeito ao famigerado passado da namorada.

Eu conheci minha namorda no Tinder. Isso mesmo, aquele app conhecido por servir apenas para pegação. Eu sou o cara que é o tipo beta físico: sou baixo (1,7m), corpo no shape chassí de grilo, nem voz bonita eu tenho, não tenho barba. Mas, por incrível que pareça, eu consigo enganar MUITO nas fotos, o que acaba me dando uma vantagem meio iminaginável nesses apps. No Tinder hoje eu conto com 96 likes e outras dezenas de matchs, e nesse meio tem mina muito gata. Tudo isso graças à propaganda enganosa que minhas fotos são capazes de fazer (eu obviamente não aplico nenhum tipo de edição ou filtro nas fotos, isso é apenas o que ocorre de fato). Eu acabo nem tentando puxar papo com as minas muito gatas, pois um eventual encontro com uma dessas seria uma tragédia total. Ah, minha namorada é uma nota 6/7.

Encurtando a história, começamos a namorar uns 2 meses depois que ficamos a primeira vez, por pedido dela, e eu havia terminado um namoro de 4 anos e meio há menos de um ano. Aqui vou colocar um adendo: eu sempre fui um cara que teve longos namoros. E a explicação que dou pra isso é que, por eu ser beta pá caráio, eu tenho medo de ficar sozinho. De não pegar ninguém, ficar na seca, passar o resto da vida na punheta. Então, eu acabo sempre me metendo em namoros, acho que de maneira inconsciente isso faz com que eu me sinta melhor.

Voltando ao namoro atual, eu vinha percebendo algumas coisas estranhas no comportamento dela. Alguns comentários que ela fazia começaram a me deixar com uma certa pulga atrás da orelha. Certa vez estávamos falando algo relacionado aos apps como Tinder e ela falou algo como "ah, mas esses apps são assim mesmo, é conhecer a pessoa, ir lá, fazer o que tem que fazer e ir embora". Porra.

Já cheio de desconfianças, veio a oportunidade perfeita: ela foi a trabalho para outro estado por alguns dias e pediu para que eu ficasse na casa dela cuidando da cachorra (ainda não morávamos juntos). Ela deixou o iPad dela lá e eu sabia a senha, então, meus amigos..a merda tava feita. Resumindo o que encontrei lá: ela era aquele tipo de mina que dá pra TODO MUNDO. Fazia suruba, usava droga (maconha, hashishe) pra caralho, enfim, pra mim ver aquelas coisas foi um pesadelo. Ela deu pro vizinho dela, que ela sabia que namorava, no meio de um rolê que, pelo que percebi, foi poucos dias após o cara ter mudado pra lá e ela ter conhecido ele. Inclusive esses rolês se resumiam a usar droga e beber. TODOS os "amigos" dela que ela já me apresentou já comeram ela. Ela pegava meninas também.

Enfim, isso obviamente causou uma enorme crise no relacionamento, pois eu não consegui esconder isso e confessei o que eu tinha feito (mexer nas coisas dela sem autorização). Ainda assim, ela quis continuar comigo, disse que me amava muito e tal. Acho que eu não duvido do que ela sente por mim, mas essas coisas têm me atormentado muito. Mais recentemente eu, de novo, mexi no celular dela. Vi mensagens em um grupo que ela participa do pessoal querendo marcar um "surubão". Ela falou algo como "ah, pra mim transar talvez não role, mas seria bom vocês fazerem isso". Caralho mano! Nunca encontri, porém, nada que indicasse traição ou que ela continua com esses comportamentos que permearam a vida dela até semanas antes de me conhecer.

O fato é: apesar dessa merda toda eu acabei aceitando vir morar com ela (sugestão dela novamente). Financeiramente falando compensa muito, pois os gastos para se morar sozinho comprometem seriamente o poder dos aportes, e nesse início de jornada sei que maximizar o aporte é a prioridade número 1. Não estamos morando onde ela morava antes, o que me traz algum alívio, mas a situação é muito difícil pra mim. Isso pode ser machismo, sentimento de posse ou até inveja dela, por eu nunca ter tido oportunidade de fazer essas coisas todas (menos as drogas, lógico, detesto drogas). Inclusive quanto às drogas nós tivemos grandes discussões, e eu deixei claro que não tenho condições de estar num relacionamento com alguém que utilize drogas. Ela me jurou que nunca mais usou nada desde que começamos a namorar, e que não sente mais vontade. É uma situação que eu não sei exatamente como lidar. Ela já reclamou várias vezes que eu nunca aceito sair com os amigos dela, mas porra, como vou sair com a galera sabendo que provavelmente ela já deu pra todo mundo na roda? A questão aqui não é que ela "tem um passado como toda mulher". Ter um passado é algo óbvio, todos têm, mas no caso dela o negócio era bizarro. Ela era a típica mina que quicava em tudo quanto é pica que aparecesse.

Eu estou fazendo terapia e já cheguei a discutir esse assunto lá. Mas, claro, a terapeuta me deu essa visão de que isso é uma resposta machista e etc à situação. Tudo bem, pode ser mesmo, mas será que é possível reverter isso? Eu cresci no Japão, que é um país onde um histórico desse é algo praticamente inimaginável..é muito difícil pra mim enxergar a pessoa com que divido o teto dessa forma. Ainda que eu sinta, sim, que ela gosta muito de mim, essa questão toda tem ofuscado todos os outros sentimentos que tenho. Não consigo mais fazer "planos pra vida" com ela, apesar de eu gostar dela. Sinto que a ignorância seria uma enorme benção nessa hora: se eu não soubesse de nada dessas coisas talvez agora estivéssemos muito felizes juntos.

Eu descobri que tenho hipertireoidismo, e iniciei tratamento pra isso. Esse parecer ter sido o grande causador da minha magreza extrema, pois apesar de comer pra caralho eu nunca engordava. Após 3 meses de início do tratamento eu já engordei mais de 6kg, o que pra mim é uma vitória enorme. Pretendo começar a fazer academia assim que for possível, e acho que melhorar minha auto estima talvez seja a grande chave para que eu fique menos preso aos relacionamentos. No mais, não acredito que meu relacionamento vá durar muito mais tempo, a não ser que eu encontre uma forma de conseguir esquecer essa porra toda e focar só no agora.

Era isso pra esse post, galera. Uma choração de pitangas do caralho, eu sei. Um abraço à todos.




terça-feira, 12 de maio de 2020

Os espertalhões do nosso Brasil

Eu percebo que, pelo menos no meu ambiente de trabalho, não sou uma pessoa levada muito a sério. Confesso que tenho um jeito bem mais "jovem", por assim dizer, do que o das pessoas da minha faixa etária (e de fato eu não me identifico com os tiozões tetudos e com 2 filhos que estão na minha faixa etária). E eu sinto que eles acreditam que são muito espertos.

Estou atualmente de férias por livre e espontânea pressão, dadas as circunstâncias do momento. Como não podia deixar de ser, existe um grupo do Zap da área em que trabalho, então querendo ou não eu acabo recebendo mensagens tanto dos chupadores de saco, quanto dos isentões e do próprio chefinho tetinha. E o que motivou essa postagem de hoje é o relato que segue.

Desde que iniciei no mundo dos investimentos e em minha busca pela IF, tenho dedicado muito tempo ao estudo destes temas. Inevitavelmente, as pessoas no trabalho acabaram percebendo essa minha "nova tendência", pois acabo fazendo comentários e puxando assuntos que tem as finanças como centro. De imediato, já passei a ser taxado como o "muquirana", o cara que "não sabe viver a vida".

O típico colega de trabalho que "não me leva a sério" com Enzo no meio (Valentina não está na foto) e sua esposinha, no parquinho do condomínio (que custa R$1500/mês), do apartamento financiado em 25 anos. Vai lá, campeão!

Todos esses meus colegas de trabalho querem se tornar milionários, para poderem parar de trabalhar. Sabem como eles querem que isso ocorra? GANHANDO NA MEGA SENA. Vocês não leram errado. TODA vez que a Mega Sena acumula, lá vão os espertalhões fazerem um bolão pra jogar. É claro que eu nunca participei de nenhum.


"Vamo, Tardio, se a gente ganhar você vai ficar aqui trabalhando sozinho!"

Eles jogam em média CEM REAIS cada um, cada vez que esta porra de jogo duvidoso que eu acho muito capaz de ter maracutaia pois estamos na Banânia acumula. Isso já deve ter acontecido pelo menos 5x no último ano.

Então, estou eu aqui de buenas nas minha férias, trancafiado em casa, e vejo uma mensagem no Zap do trabalho: "Pessoal, só tenho uma notícia pra falar pra vocês..a Mega acumulou e tá em 90 milhões". Eu, pra dar uma de engraçadão, mandei uma resposta: "E eu só tenho uma outra notícia pra falar..a Cielo tá abaixo de R$4 e a Itaúsa liberou os resultados financeiros mais recentes". Em um uníssono, praticamente TODOS do grupo responderam: "Prefiro a notícia do fulano!"

"Caralho, Tardio, vem aprender a ser esperto com a gente."

Então, sempre que é feito esse bolão, o assunto da semana se torna "o que vamos fazer quando ganharmos o prêmio" (sim, eles utilizam essa terminologia, todas as vezes). E o que eu pude perceber de tudo  o monte de bosta que ouvi é que existe um grande objetivo em comum: parar de trabalhar. Essa é uma coisa citada por TODOS eles, inclui-se aí o chefe tetinha. Alguns demonstram bem como amam o trabalho, falando que iam chegar em uma reunião e mandar todo mundo tomar no cu, assim que desse vontade. Outros são menos extremos, dizendo só iam sumir do mapa mesmo. Tem, também, os ortodoxos, que dizem que iriam cumprir o aviso prévio e ir embora. Mas o objetivo central é comum a todos. Então, vos indago aqui: o que caralhos esse povo está fazendo de concreto pra atingir esse objetivo? Eu mesmo respondo:

"Enquanto não posso parar de trabalhar, deixa eu pegar um carro 0km de 100 mil reais aqui com meu bônus."

Vale lembrar que, aqui, estou lidando com o que há "de melhor" na população brasileira, os 5% mais ricos, a elite intelectual, os estudados. Vê-se que não há de fato um planejamento concreto quando o assunto é finanças. Nenhum deles investe em bolsa (em porra nenhuma, muito provavelmente) e acham que eu "estou deixando de viver" por que busco aportar tudo que posso. Meus amigos, eu não deixo de viver, eu só não sou acéfalo o suficiente pra comprar carro de R$100 pau financiado, ou comprar um AP com varanda gourmet e pagar mais 1x seu valor só em juros de financiamento. Há uma grande repressão à qualquer estilo de vida que se descole da matrix, você é julgado violentamente se não mostra que adere à esse padrão. Eu tenho mais de 30 anos, não tenho carro, não comprei apartamento, não sou casado e não tenho filhos, e ainda por cima venho falar de investimentos em bolsa no trabalho. "Mas que belo lixo de pessoa fracassada você, hein?"

Esse cenário todo, as vezes, chega até a me trazer sentimentos que não sei se são bons, pois acabo me sentindo de fato melhor do que essas pessoas. Acabo achando que estou um degrau acima deles, é algo involuntário, eu não escolho sentir isso, mas não tenho certeza se isso é bom. O que tenho buscado junto com meu crescimento financeiro é o crescimento como pessoa, mas confesso que é difícil lidar com esse tipo de situação e não pensar "caralho, eu podia ser mais um mentecapto desses, que bom que eu não sou! Sou foda, porra!"

Bom, desabafo feito. Abraços Tardios!

quarta-feira, 6 de maio de 2020

Fechamento ABRIL/2020: +6,07% (acumulado: -18,87%)

E ai, pessoal! Como estamos?

Passando aqui para fazer o primeiro fechamento da história Tardia. Sem mais delongas:


Rendimento no mês de abril.



Rendimento acumulado = lágrimas de sangue.

Como vocês podem ver, o mês de abril ensaiou uma retomada que talvez não tenha lá muitos fundamentos, diminuinto um pouco o ardor da enrabada que todos levamos. Meus destaques de queda ficaram para a Cielo e CVC, as quais já acumulam perdas de 46,14% e 34,42, respectivamente. Ainda assim são empresas que acredito que possuem potencial, então devo continuar aportando nelas, porém de maneira mais tímida. Outro destaque é que o fundo RECT11 abriu subscrição de novas cotas, a qual deve ter o saldo na conta da corretora até o dia 14/05, para que a liquidação do que foi subscrito seja realizada no dia 15/05. O valor da subscrição é de R$88,00, e com o fechamento de hoje (06/05) tendo sido de R$90,03, isso significa uma compra com um desconto de aproximadamente 2,3%. Por enquanto adquiri o direito de subscrever 6 cotas, mas dependendo do que ocorrer com a cotação eu não irei exerce-lo.

Quanto aos dividendos, a legenda da figura exprime meu ânimo com eles:
"Me vê um combo com batata e refri grandes. Vou pagar com meus dividendos."

Fundos como o XPML e a ações como a ITSA não estão pagando dividendos, portanto era de se esperar que o que já é pouco ia se transformar em nada. Posso em teoria somar à isso os R$20,92 de rendimento líquido da minha reserva em 100% CDI no mês de abril, mais os R$32,41 (ou 0,32% líquidos da alíquota mínima de 15% de IR) de rendimento do meu Tesouro IPCA + 4,56% (considerando apenas a taxa de 4,56%/12, pois o IPCA em abril foi 0 ou até negativo, e não considero a marcação a mercado) e então chegaríamos num DY de R$91,89, que corresponde a 0,22% do valor que investi.

Eu e meus rendimentos.


 Apesar dos rendimentos mais sujos que cu de mendigo, seguirei com a meta de aportar todo e qualquer centavo que me sobrar. Eu havia dito em algum outro post que em abril eu receberia um valor acima do meu normal, porém isso acabou ficando para primeira semana de maio. Portanto, esse aporte ficará para o fechamento de maio, no qual pretendo adquirir novas posições em ações (WEGE e ENGIE) e aumentar as dos fundos.

Fico por aqui. Um abraço a todos!

domingo, 3 de maio de 2020

Da unha pintada à tiração de vantagem

Como eu acredito já ter comentado em outro(s) post(s), eu moro com a minha namorada e a cachorra dela, e venho aqui por meio deste vos relatar um causo, por assim dizer. Aliás, antes mesmo de relatar esse causo, gostaria de dizer que eu não gosto de cachorro dentro de casa, ainda mais quando você mora num cubículo de 30m quadrados. A porra do cachorro anda na rua, lambe xixi e cocô de outros cachorros e depois esfrega o tóba no seu travesseiro, onde a tua cara passa pelo menos 6 horas por dia. É muito anormal achar isso absolutamente NOJENTO? Enfim, o assunto cachorro será abordado em postagens oportunas.

Hoje vou falar sobre a unha pintada. Eu não moro há muito tempo com minha namorada, porém em tempos que não há uma pandemia mundial trancafiando todo mundo em casa, eu e ela trabalhamos no trabalho, ou seja, ambos nos dislocamos até nossas respectivas empresas empregadoras. Ela, por algum motivo que eu ainda não compreendi muito bem, trabalha até muito tarde praticamente todos os dias, o que significa que em 90% dos casos eu chegava mais cedo em casa (de Tardio só a formação e o nome do blog mesmo). Sendo assim, e como sou uma pessoa justa, basicamente eu é quem lavava a louça todos os dias, e sempre ajudo a fazer a comida (isso quando ela não chegava e eu já havia terminado de fazer a comida). A cena é mais ou menos essa enquanto ela não chega:

Silêncio! Engenheiro cozinhando.

Passou-se um bom tempo e as coisas caminhavam mais ou menos dessa mesma forma, mas eis que somos engolidos por uma pandemia mundial. Isso significa que nós dois estamos trabalhando de casa, fazendo home office enquanto a porra do cachorro enche o saco, late o dia inteiro e esfrega o cu no meu travesseiro. O iFood ainda faz parte da alimentação semanal, porém sempre que podemos damos preferência a fazer comida em casa mesmo (na janta, na maioria das vezes). Vocês devem ter concluído o óbvio até aqui: "Ah, claro que o grande Tardio agora divide melhor essas tarefas que ninguém gosta de fazer, né!". Bom...

Aham, claro..
Pois é, meus amigos. O caminho lógico a se seguir é o de que as tarefas fossem divididas de maneira igualitária: se um cozinhou, o outro lava, se ambos cozinharam (o que acontece com frequência), divide-se quem vai lavar por dia, por exemplo. Mas não é bem assim que tem ocorrido. Depois de inevitavelmente acabarmos discutindo por causa desta bosta, colou-se um papelzinho na geladeira, no qual temos uma matriz com os dados de quem cozinhou e quem lavou, preenchendo-na com pauzinhos que exibem a quantidade de vezes que cada atividade foi feita por quem. Ótimo! Problema resolvido!...

Não.

Eis que, em um belo domingo, com a pia lotada de louça do dia anterior (lanche da tarde e janta), e que, de acordo com nossa matriz analógica pertenciam às mãozinhas dela, ela resolve pintar a unha. Minha namorada não é o tipo de mulher que pinta a unha, se maqueia e etc, e até confesso que gostaria que ela fizesse essas coisas mas vezes. Mas ela não é assim. Uma vez a unha pintada, falei para ela "mors, vamos fazer o almoço?", e dirigimo-nos até a cozinha pelos 2,5m que separam o quarto da mesma. Iniciada a retirada dos ingredientes da geladeira, ela manda para mim: "amor, vc lava a louça pra mim? Eu acabei de fazer a unha..."

"Vai tomar no cu", pensa o Engenheiro.
É claro que eu falei que não, "me recuso!" foram as minhas palavras. O resto não precisa de explicações, caso você tenha/já tenha tido um relacionamento: ela ficou puta para caralho e lavou a louça com uma tromba que por pouco não entupiu a pia. O que me fez ficar pensativo foi o fato de que, provavelmente, ela só pintou a móthafocka unha pra não ter que lavar a louça. A “tiração de vantagem” é exatamente essa: tentar se aproveitar de uma determinada situação para obter uma vantagem de forma pouco republicana. Esse, ao meu ver, é um dos grandes males do Brasil e seu povo, onde me parece que nenhuma oportunidade de tirar uma vantagenzinha de algo é desperdiçada. Será que é mesmo tão difícil agir de forma que todos se beneficiem?

Fica aí a reflexão. Abraço a todos!